sábado, 6 de junho de 2009

Amor da minha vida...


Em algum dia e mês de 2002...

May - Eu amo essa música (referindo-se a Sol de Primavera de Flávio Venturine)! Ela fala de um amor antigo, guardado...que não acaba, mesmo com o tempo, mesmo longe...

Vi- Eu não acredito em amores assim...Não acho que Deus seria capaz de nos permitir nutrir um amor que não pudesse ser correspondido por tanto tempo...isso é sofrer demais. Eu não quero um amor assim pra mim...Não nutro sentimentos assim...

May - ficou calado do outro lado da linha...(acho que pensando..)

xxx
Meses depois...May termina tudo com Vi...
May - A gente não manda no coração...
Vi- Chora...e fica calada...
xxx
Engraçado...é bom olharmos pra trás e ver todas as pessoas que passaram na estrada do nosso coração. Cada história vivida, cada sentimento nutrido, cada ciclo terminado...
Eu mudei de idéia (as pessoas mudam). Já acredito que não se manda no coração. E já acredito que amores vividos podem perdurar no tempo sem se acabar...Mudam de cor, ganham marcas e até rugas...mas permanecem...Talvez não da maneira que gostariamos que permanecessem, mas permanecem.
Não é curiosa a forma como as pessoas chegam em tua vida? Do nada, sem aviso prévio, um "oi" e uma conversa...a empatia acontece, a simpatia enriquece e as conversas com o tempo vão aumentando. E os dias se tornando mais frequentes e as afinidades aparecendo, os defeitos se tornando percebíveis, mas de pouquíssima importância diate de tudo o que se vive. E...um dia você se depara ouvindo tudo o que queria ouvir de uma pessoa...já encontrou alguém assim? Eu chava que nunca encontraria...até esse ano.
O curioso não é isso, o curioso é que ele nem pode retribuir o que sinto da forma como eu gostaria. Mas a presença dele em minha vida me completa. Seria um fardo muito grande deixar nas mãos de alguém a nossa felicidade sem que a pessoa pudesse retribuir. É muito peso para alguém, ser responsável pela felicidade ou infelicidade do outro...Pedir a alguém que retribua com o que ela não pode dar...
Eu entendi isso...e por entender...entendi o que May queria dizer, quando falava dos amores que não acabam...que mesmo não podendo ser concretos permanecem...E eu não entendia porque tinha medo de não ser retribuida. E não entendia que a beleza do amor está na sua gratuidade, e quanto menos podemos receber, mais sabemos que ele é nobre.
Que bom que existem as pessoas que entram na tua vida e não saem mais. Podem não estar mais no teu dia a dia, não compartilhar mais das conversas de horas e horas, ou mesmo podem ficar sem se ver...mas, ficam lá, guardadas nos cantos seguros do coração, a espera das ordens da memória e da saudade.
Cada pessoa uma história, cada história um final feliz ou não...Eu achava que uma pessoa não poderia ocupar por tanto tempo assim a tua vida. Mas nessa época eu também não havia encontrado pessoas que parecem que foram feitas perfeitas para você. Sob medida.
O post de agora..é sobre não ter medo de amar...que os amores que constroem nossa vida, correspondidos ou não, é o que torna-a bela. É o que torna-á viva.
Viva. Viva os seus amores e não espere recompensa, ou retribuição de sentimento, deixa apenas que ele seja vivido...e a mão de Deus saberá dar o toque certo de sua permanência, se com Ele você caminhar.
Deus os abençoe, e Viva os amores de nossas vidas!

Um comentário:

  1. Amiga...fiquei sem palavras agora...
    Senhor, ensina-me a amar sem querer receber em troca!!!

    ResponderExcluir

Que bom saber que pra você a vida também é fantástica...