quinta-feira, 9 de julho de 2009

Rapel, ervilhas e medo :)





Eu sou amante de uma boa propaganda. A ponto de lembrar dela durante anos a fio pela simples alegria de recordar o que dizia (mesmo que não tenha consumido o produto J ) e sorrir sozinha. E o que vou falar hoje lembrou-me uma propaganda da OI, logo quando ela se tornou uma operadora de celular no Brasil. A campanha era voltada para incentivar o público da terceira idade a aceitarem ( e consumirem, claro) a idéia de ter um celular:

Um velhinho muito simpático escalava um prédio e falava sobre esportes radicais. Dizia que era criticado por um amigo, que dizia que “rapel” para alguém com 70 anos (risos) era uma atividade arriscada. A propaganda terminava com ele contando que o dito amigo havia morrido engasgado com uma ervilha. E dizia: “Rapel não é perigoso, perigoso é comer ervilha” :)

Brincadeiras e publicidade à parte, nesse fim de semana (04/07) resolvi encarar um rapel (pela primeira vez) com a turma do MJ-RCC e o GOVE.

São Luís, 04 de julho de 2009. Esta foi a data marcada para o rapel na programação de férias do Ministério Jovem da RCC de São Luís. Eramos um grupo de 32 pessoas, em um prédio de 7 anderes e 40 metros. Olhando de cima tudo era pequeno aos nossos olhos, menos o medo. O medo, aliás, estava presente em todos. Em uns mais e em outros menos.

Se me perguntarem o que me fez ir participar da aventura, eu diria que foi um misto de curiosidade, vontade de se divertir com os amigos e desejo de vencer meu medo de altura. Dos três objetivos dois foram cumpridos. E falo sobre o que não foi, agora.

Certa vez, ao ler "Quem mexeu no meu queijo?" havia o seguinte questionamento "o que você faria se não tivesse medo?"...essa foi a pergunta que rodeou meus pensamentos até os últimos instante em que me vi diante daqueles 40 metros de prédio em minha frente.

Todos tiveram medo, todos se assustaram, alguns choraram, outros gritaram...mas pularam. Eu não fiz nada disso, não chorei, não gritei, e não tive medo. Não teve medo, Virgínia? Não, não tive. Eu tive pânico, pavor, ou qualquer sentimento pior ou igual a esses dois. Mas, medo? Medinho? Não, o que senti foi muito pior que isso.

Fiquei refletindo depois, diante dos meus anos de caminhada na RCC, minha confiança em Deus, meus medos, meus amigos corajosos, e a vida...Para os instrospectos tudo daria uma reflexão digna da semiose infinita. Para os simplistas, reducionistas e fundamentalistas talvez não. Talvez não passaria de uma simples covardia. “Não foste porque és covarde”.

Mas, daí, pensei em todos os momentos que superei vários outros medos em minha vida...medo de viajar sozinha, medo de ser abandonada, medo de terminar namoros que não me construíram, medo de ir adiante em decisões importantes...todos eles foram vencidos e superados, para honra e glória de Deus.

Não faltou fé para pular. Faltou eu me achar, eu me ter, eu ter certeza de mim e de Deus naquele momento...eu me roubei de mim, diria Pe. Fábio de Melo.

Diante disso, nesse fantástico mundo onde não me via fazendo um rapel na vida, faço a promessa (agora pública) de na Colônia de Férias do Ministério, se acontecer o rapel, eu já terei me encontrado, e vou pular! Então testemunharei, aqui, neste mesmo lugar de diálogo, que eu posso me permitir dar um salto na fé! Amém.



2 comentários:

  1. amém!!!
    (enquanto isso na sala de justiça...todos aderem à campanha PULA VI...)kkkk
    Deus abençoe querida!
    e, quero ver seu pulo dessa vez viu...
    paz

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  2. : Um dia que sabe,querida...um dia, quem sabe...:) Deus abençoe.Vi

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Que bom saber que pra você a vida também é fantástica...