terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Ne me quitte pas


A pauta ainda são as cartas de amor. Ah! As cartas...tão preciosas...tantas coisas ditas nas entrelinhas, nas cores escolhidas da caneta, no papel, nos detalhes, nas palavras escolhidas, na forma como as orquestramos...

Depois de escritas, tem outas leituras...as palavras pensadas sempre podem fazer no coração e mente do destinatário o que pensamos (se soubermos expressar) ou não...pode gerar muito mais...ou muito menos...depende da alma de quem recebe...Daí, pode se ler de várias formas, até mesmo as formas jamais pensadas pelo destinatário.

De qualquer forma, amo cartas. E amo, em particular as cartas de amor...neste dias, em que tenho aprendido com as pessoas que não tenho, que o amor é algo sublime e único, como tudo que já lemos e ao mesmo tempo muito maior.

Fico aqui, com uma vontade enorme de escrever para meu bem...e com uma vontade maior ainda, que ele nunca deixe meu coração...e sei que nunca deixará.

Deixo trechos do que escreveria, do que gostei de ler sobre que receberam e do que gostaria que meu amor soubesse....

Bjs a todos. Deus nos abençoe...a nós e aos nosso amores. Amém.


"... tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo condizia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!" - Eça de Queiroz



Clarice Lispector
…”Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que somando as compreensões, eu amava. Não sabia que somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente…”

 
"Me traz você, por favor. E leva embora todas essas coisas chatas que só servem para ocupar minhas horas enquanto você não chega." - tatibernardi

p.s- As frases foram achadas no blog deste link.


2 comentários:

  1. Nossa, quanta coisa nova por aqui... Vejo que, apesar de discordar quanto a posicionamentos filosófico-religiosos quanto à Igreja Católica (sou cristão, porque procuro vivenciar a experiência da correção dos ensinamentos de Jesus na minha vida, mas não sigo Religião sofismal alguma!), somos nascidos na mesma data (13 de maio?! Ou esta foi a data de teu batismo?!), além, é claro, de nossa conterraneidade, ré,ré!

    Sobre as cartas, concordo completamente contigo: elas podem ser vistas sob os mais diversos prismas e sempre me incomodou o atual modismo de escarafunchar cartas descobertas 'post mortem' de literatos famosos: porque ali não há só Literatura prodigiosa entre interloutores, mas pode haver personagens vividos e sabidos apenas pelos que ali estiveram e entenderam certas coisas intraduzíveis, por assim dizer... Enfim: as intenções de uma carta de amor são sempre belas: escreva para o seu amor e ele a recompensará com palavras ainda mais doces e românticas!

    Ah, e também gosto muito do Erasmo! Abraçõ "Tremendão"!

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  2. Olá, fantástico Dilberto! Sinta-se sempre bem-vindo aqui! Não se preocupe quanto a discordar de meus posicionamentos. Sou ciente que nem todo mundo pensa como eu, de que é impossível desassociar o cristianismo da Igreja de Cristo. Porém, também penso e sou convicta de que há muita gente de bom coração fora dela e nem por isso são menos (ou mais). Afinal, o diálogo religioso se caracteriza por isso, nos lugares em comum da fala.

    Quanto ao meu aniversário, sim, nasci no dia 13 de maio de 1979. Não lembro a hora, mas dizem que foi em um Dia das Mâes (nunca chequei isso, vou checar) :-)

    E quanto ao meu amor...infelizmente, como disse certa vez Machado, em Dom Casmurro, há palavras que acabam morrendo na boca sem podermos falar.
    Assim é minha carta...tem o triste fim de morrer em mim, sem poder chegar ao destinatário.

    Obrigada pela visita! Deus te abençoe!

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Que bom saber que pra você a vida também é fantástica...