terça-feira, 9 de junho de 2009

O Amor e o Tempo

Querido leitores, continuando nossa sessão posts sobre namoro (até o dia 12 estaremos aqui firmes e fortes, assim espero.rs.), quero falar hoje sobre o tempo. Será mesmo ele o solvente universal do amor nos relacionamentos?

Bom, como não namoro...corrigindo, estou sem namorado no momento.rs..convidei um amigo para falar sobre a lendária histórias que as pessoas criaram para justificar o fim de muitos relacionamento, onde segundo elas o tempo acabaria com qualquer relacionamento...

Cedo a palavra então ao amigo radialista, blogueiro e videoastra :) Carlos Benalves (palmas!) do blogfarofa.blogspot.com . Ele falará sobre esse dilema na qualidade de pessoa que ama a um tempo considerável de 48 meses, o equivalente a 35.040 horas, 2.101.400 (dois milhões, cento e um mil e quatrocentos) minutos e 126.144.000 (cento e vinte e seis milhões e cinto e quarenta e quatro mil) segundos. Uffa! Tempo né? Mas quem ama nem percebe...deixarei as explicações para quem vive...


Paz e Bem aos leitores e leitoras desse blog!

Eu sou Carlos Benalves, vos escrevo atendendo ao convite da minha querida amiga Virgínia para participar da série especial de textos sobre os namorados.


O tema que me foi confiado é bastante prazeroso, pois se trata de uma reflexão sobre os namoros duradouros e as suas particularidades. Daqui, falarei com bastante pessoalidade e de modo quase testemunhal. Namoro há quase 4 anos com a Emilene e durante esse tempo aprendemos muito sobre o relacionamento, mas especialmente, estamos construíndo uma base sólida para o matrimônio.

Certa vez escrevi um texto com o título “Namoro: a catequese do matrimônio”. Nele eu levantava a questão de que a vida a dois pré-matrimonial deve ser esse tempo de preparação, tal qual a catequese que antecede os outros sacramentos. Assim, o namoro deve ser levado a sério.
Sendo fiéis no pouco, Deus nos concede muito mais. Portanto, sede verdadeiro no tempo do teu namoro, fiel e honesto. As tentações são inevitáveis. Em muitos casos elas estão mesmo dentro do namoro. Nesses casos, dizer “Não” é tão importante quando saber ouvir “Não”. Não quero ir... não tô afim... não tenho tempo... não posso falar agora...


Tem horas que dá vontade de jogar tudo para o alto não é verdade? Então faça isso, jogue para o alto suas preces, para os ouvidos de Deus. Ele vai te mostrar que o companherismo é fundamental para entender que as diferenças são importantes sim. Que elas existem para questionar se realmente você é capaz de amar a outra pessoa do jeito que ela é, e não da maneira como você espera.

Redescobrir o amor no dia-a-dia não é tarefa fácil. Aproveito para um depoimento triste sobre o fato. Certa vez, eu e Emilene fomos abordados por uma mulher engajada na Pastoral Familiar (vejam só). Estávamos abraçados, trocando carinhos enquanto esperávamos o lanche. A mulher falou:- Aproveitem, porque depois tudo isso passa.

Aquelas palavras doeram na alma. Toda a amargura daquela mulher me fez viajar no tempo e questionar se realmente aquele amor passaria. Felizmente, ela estava errada. O amor nunca passa. Você só tem que aprender a entendê-lo.

Daquele dia em diante, prometi a mim mesmo que nunca deixaria que isso acontecesse com a gente. Pedi a Deus que pudessemos testemunhar o amor verdadeiro por onde fôssemos.E assim tem sido, por misericórdia do Pai conoso.

Durante esses primeiros 4 anos da nossa vida juntos, os momentos de “brigas” quase não existiram. Olha que ainda estou usando um termo muito forte para definir nossas divergências, porque “briga” pressupõe agressão, seja verbal ou de qualquer outra natureza. E isso, nunca aconteceu entre nós.

Na hora da dor sempre houve espaço para o perdão. Muitos casais não são felizes por não experimentarem o perdão, por não dar espaço para o outro falar, por deixar uma mágoa escondida.

Namorar é muito bom. Mas namorar não é só curtir os outros, é antes uma experiência de vida a dois que espalha suas raízes em muitas outras vidas. As famílias, os amigos em comum, os amigos de cada um, individualmente, todas essas pessoas são envolvidas pelo amor do casal. É maravilhoso quando todo esse universo recebe a harmonia do amor.

Não sou estudioso dos relacionamentos, muito menos cientista dos corações. Só vos escrevo para dizer que eu estou aprendendo todos os dias o que significa amar alguém, sem medo de dizer que essa é a mais prazerosa missão que Deus me confiou.

Aos que já encontraram sua carametade, conservem vosso amor. Aos que ainda procuram, estejam atentos para oferecer um coração aberto e para receber um ser humano, com todas as limitações que isso implica.

Feliz Dia dos Namorados. Dias felizes aos Namorados.

3 comentários:

  1. Amar ultrapassa sentimentalismos sentimentalóides, é uma luta diária do casal em suprir, em entender, em continuar, mesmo q as vezes o fogo da paixão se apague, mas o casal percebe que o compromisso de ambos é com Deus.

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  2. Caro leitor(a) anônimo (a)...na verdade, amar não ultrapassa "sentimentalismo, sentimentalóides", pois o AMOR (I Jo 4,8) não é um sentimento. Esse é um erro muito comum cometido.
    Em virtude disso gera-se uma confusão
    causada qd esse fogo da paixão acaba, pois, qd ele diminui, o que ficaé amor, e o mais concreto :) Deus te abençoe. Vi.

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  3. Sim, foi exatamente isso q eu pensei "amor não é sentimento", pq sentimento um dia pode esfriar...mas mesmo assim continuamos a decidir pelo amor.

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Que bom saber que pra você a vida também é fantástica...