domingo, 6 de setembro de 2009

Próximo capítulo...



Olá, mais um dia, mais um post, mais uma página da vida...

Longe de ser uma novela global (que trabalha com conceitos de verossimilhança), as páginas de hoje são bem reais, felizmente e infelizmente...

Ontem falava de segurança...Hoje falo de não ter certeza...

Não é estranho você conviver com sentimentos e realidades tão adversas em tão pouco espaço de tempo? Ontem, falava das certezas e seguranças de pisar no solo do amor (foi o que disse nas entrelinhas)...hoje, falo das incertezas...que o mesmo amor nos põe diante da vida...

Não queria falar de novela, pois sei que dia 14 surgirão vários posts sobre a nova das oito que começa às nove. Mas, vou pegar como mote.

Mais uma de Manoel que falará de seus modelos confusos de famílias e relacionamentos. E mais uma vez, várias famílias no mundo inteiro vão ficar diante da telinha dizendo “mas isso acontece na vida real, sabia? Na verdade, esses autores só colocam o que acontece na vida real. É eles fazem pesquisa...”. :P blá! Balela!

Bom, sem querer comentar os possíveis (e já conhecidos) comentários, limito-me a falar das páginas reais da vida.

Famílias devem ser planejadas. Vidas também. Elas não se escrevem assim como os capítulos da novela. Onde se inventam conflitos para poder prender a atenção do espectador, para dar audiência.

Em um curso recente de cinema ouvi de uma roteirista que escreve para novelas a seguinte declaração: “Ninguém diz o tempo todo a verdade, ninguém bonzinho demais dá audiência. É preciso ter conflitos, é preciso que haja mentiras, do contrário, quem irá acredita que alguém assim é rea?”

Isso ficou martelando na minha cabeça...porque busco viver o tempo todo o contrário na Igreja. Caio, claro, erro, mas, tento. Sinceramente, tento. E depois as pessoas não entendem porque o clero combate tanto as novelas, mesmo sabendo que os fiéis católicos sejam os que mais dão audiência às mesmas.

As pessoas têm o direito de quererem viver o contrário da cultura de morte. Que tenta aos poucos matar a família, os laços de afetos entre filhos e casais...a possibilidade de ter como o real o que é bom...de se viver um Amor, ou melhor, o Amor.

E na construção dessa verossimilhança, as pessoas acabam torcendo para que o antagonista morra (desejam até mesmo fins cruéis e absurdos), que o esposo se separe da “esposa mejera” e fique com a “boazinha”, que não reclama e está sempre de bom humor...que os irmãos bonzinhos se vinguem dos irmãos maus..e assim por diante.

Não entendo como algo tão previsível dê ainda tanta audiência. Agora sou eu quem declaro “ninguém tão mal e previsível pode ser fadado a não ter outro jeito além dos clichês de novelas.. Mesmo na ficção..”

Bom, o post de hoje fala sobre incertezas...e vem acompanhado de uma declaração (Aff! Acabei falando da novela.rs) na vida real, os conflitos não se resolvem com o “fim”, mas com Deus.

Segue capítulo de “Páginas da Vida Real”

NOITE/ INT/ SALA de Virgínia Helena.

Virgínia Helena acaba de receber a notícia de LG do fim do amor que ela jurava que iria durar.

LG
- Virgínia Helena, não tenho outra forma de te dizer, mas acabou. A partir de hoje vamos ser apenas amigos, ok?

Rosa Virgínia (chorando)
- Não há como remediar a situação...de alguma forma eu já sabia...

FIM

E na vida real, ela não quis mata-lo...mas continuou vivendo...e morrendo de amores por seu mais novo amigo.


Deus abençoe a todos. Vi.

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