domingo, 6 de dezembro de 2009

2ª Semana do Advento Rubro Negro - Parte I

Estava voltando ainda pouco da missa na Sede da RCC - Renovação Carismática Católica - em São Luís (MA). Na Avenida, ônibus superlotados com flamenguistas expondo camisas e bandeiras para os que passavam nos carros ou os que estavam nas paradas.

Nas paradas, flamenguias, devidamente identificados, com suas camisas (oficiais, extra-oficiais, ou oficiosas) e adereços que os identificassem como torcedores do time Campeão do Campoenato Brasileiro, o HEXA Campeão, Flamengo :-) (ebaaaa!)

Então, quando peguei o ônibus, outro olhar sobre outras perspectivas (a de quem estava dentro dos ônibus lotados), Torcedores do Flamengo gritando "MENGOOOOO", "É HEXA! &%#* - biiiii, nome proibido pela censura). Carros com os sons ligados no Hino do Rubro Negro, ou em outros cantos da torcida organizada do Flamengo. Um verdadeiro frisson!

Ah, sim, a propósito, eu também torço pelo flamengo, e faço parte das estatísticas que dizem ser da torcida flamenguista o título de maior do mundo. Minha história com o Flamengo tem duas datas pontuais, e espero que guardem porque vão ser essenciais para entendermos o título do post de hoje (O que tem a ver o Advento mesmo com o Flamengo?! Calma, já já explico).

Quando eu tinha seis anos, e portanto nem sonhava em ser radialista um dia, um vizinho, muito amigo de meu pai, fez uma pergunta que mudaria minha vida esportiva entre antes e depois. "Virginia, pra qual time você torce?!". Eu, sem pestanejar, "FlA x FLU". (Tá, párem de rir, eu só tinha 6 anos).

Ele sorriu de mim, e me explicou que Fla x Flu não era um time, e que eu precisava decidir pra quem torcer. Pra minha alegria ele não me influenciou na resposta (pois, tratava-se de um tricolor. Uffa! Ainda bem!) e respondi, placidamente, "Ora, eu torço pelo Flamengo, então!". (Veja que significativo: sou de 79 e o primeiro título no Brasileirão do Mengão foi em 80.rs)

Desde essa data, torcer pelo Flamengo pra mim servia-me unicamente para chatear o que eram do contra. Era divertido ver a rivalidade (para mim, que não entendia nada de futebol, e mal sabia cantar o hino do time que elegi como meu) dos demais times contra o Flamengo. E, assim fui seguindo a vida. Até que...

Epa! Peraí! Por que eu torço pelo Flamengo? Por que alguns Estados tinham times que passavam na TV e, portanto, torcidas para torcer por eles, e o Maranhão - e consequentemente eu - não tinha? Haveria algo de errado nessa história? O quê? Ou os torcedores brasileiros seriam um objeto de estudo interessante para as ciências sociais?

Tá, tá, tá..aí entra a segunda fase "divisora de águas" em minha vida. Ainda na Universidade, precisei fazer algumas matérias sobre esporte, e convivia com muitos amigos homens (em geral, homens se ligam mais em futebol do que as mulheres), e confesso a vocês, não nasci para a árdua "missão" de fazer as coisas sem saber porquê estou fazendo. Foi quando resolvi perguntar ao meu amigo companheiro Carlos Benalves, como se dava a bendita competição do Campeonato Brasileirão que tanto atiçava os nervos dos torcedores mais fanáticos e até dos menos eufóricos pelo futebol. Olha, mudou meu mundo entre antes e depois descobrir que eu torcia pelo Flamengo porque dos times mais expressivos do meu Estado, Moto e Sampaio, nenhum nos representa na primeira divisão do futebol brasileiro.

Bom, não vou colocar aonde estão, pois ambos vivem momentos inglórios no futebol.rs.mas, enfim, o fato é que juntando essas informações sobre os times maranhenses, o senso esportivo futibolístico brasileiro, e a opinião de Adorno e Horkheimer sobre a Indústria Cultural , naquela dia uma luz intensa dissipou as trevas de minha ignorância e pensei: Eureka! Eu só fui gostar do Flamengo porque naquele dia, quando eu tinha seis anos - eu disse "seis anos" - um tricolor, que provavelmente torcia para o Fluminense pelo mesmo motivo que eu passaria a torcer o resto da vida para o Flamengo, me disse que existiam dois times em projeção nacional, que passavam na televisão, nas redes de rádio nacional, e que todos torciam por eles, e que eu precisava me decidir por eles.

A partir daí, tudo fez sentido pra mim. E juntando todos os conhecimetos sobre times maranhenses, senso esportivo futibolístico brasileiro, Indústria cultural aos meus pargos estudos sobre Análise de Discurso com Foucault ,vi que na verdade, ele - o amigo do meu pai, do começo da história, lembra?! Então...ele... - estava tentando me convencer através da palavra que eu deveria torcer por esse time. Nas entrelinhas, que torcer por um time nacional era poder sentir a emoção de passar todos os Campeonatos Brasileiros de Futebol, do resssto da minha vida, com o coração na mão, adrenalina a mil, e uma baita alegria por torcer para um time que poderia vir a ser o Campeão dos Campeões (Ops! Não tou citando hino de torcida nenhuma aqui, viu?).

Daí, isso me levou a outros pensamentos, sobre o Advento. "Ah, o que isso tem a ver com Advento!?", pode alguém perguntar. Tudo, meu caro, torcedor, tudo. Explico isso no próximo post, porque esse ficou grande e você precisa pensar agora sobre os reais motivos de estar torcendo para o seu time, aproveitando os motes do texto.

Beijos nos corações rubro negros. Deus os abençoe! Vi.

p.s- a foto do pos é do Blog dos Bolinhos Deu até vontade de comer...

Um comentário:

  1. Se tu disseres que Jesus vai nascer flamenguista, eu vou te converter ao Vasco da Gama.

    VAMOS TODOS CANTAR DE CORAÇÃO "A CRUZ DE MALTA É O MEU PENDÃO"...

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Que bom saber que pra você a vida também é fantástica...