
Desde essa data, torcer pelo Flamengo pra mim servia-me unicamente para chatear o que eram do contra. Era divertido ver a rivalidade (para mim, que não entendia nada de futebol, e mal sabia cantar o hino do time que elegi como meu) dos demais times contra o Flamengo. E, assim fui seguindo a vida. Até que...
Epa! Peraí! Por que eu torço pelo Flamengo? Por que alguns Estados tinham times que passavam na TV e, portanto, torcidas para torcer por eles, e o Maranhão - e consequentemente eu - não tinha? Haveria algo de errado nessa história? O quê? Ou os torcedores brasileiros seriam um objeto de estudo interessante para as ciências sociais?
Tá, tá, tá..aí entra a segunda fase "divisora de águas" em minha vida. Ainda na Universidade, precisei fazer algumas matérias sobre esporte, e convivia com muitos amigos homens (em geral, homens se ligam mais em futebol do que as mulheres), e confesso a vocês, não nasci para a árdua "missão" de fazer as coisas sem saber porquê estou fazendo. Foi quando resolvi perguntar ao meu amigo companheiro Carlos Benalves, como se dava a bendita competição do Campeonato Brasileirão que tanto atiçava os nervos dos torcedores mais fanáticos e até dos menos eufóricos pelo futebol. Olha, mudou meu mundo entre antes e depois descobrir que eu torcia pelo Flamengo porque dos times mais expressivos do meu Estado, Moto e Sampaio, nenhum nos representa na primeira divisão do futebol brasileiro.
Bom, não vou colocar aonde estão, pois ambos vivem momentos inglórios no futebol.rs.mas, enfim, o fato é que juntando essas informações sobre os times maranhenses, o senso esportivo futibolístico brasileiro, e a opinião de Adorno e Horkheimer sobre a Indústria Cultural , naquela dia uma luz intensa dissipou as trevas de minha ignorância e pensei: Eureka! Eu só fui gostar do Flamengo porque naquele dia, quando eu tinha seis anos - eu disse "seis anos" - um tricolor, que provavelmente torcia para o Fluminense pelo mesmo motivo que eu passaria a torcer o resto da vida para o Flamengo, me disse que existiam dois times em projeção nacional, que passavam na televisão, nas redes de rádio nacional, e que todos torciam por eles, e que eu precisava me decidir por eles.
A partir daí, tudo fez sentido pra mim. E juntando todos os conhecimetos sobre times maranhenses, senso esportivo futibolístico brasileiro, Indústria cultural aos meus pargos estudos sobre Análise de Discurso com Foucault ,vi que na verdade, ele - o amigo do meu pai, do começo da história, lembra?! Então...ele... - estava tentando me convencer através da palavra que eu deveria torcer por esse time. Nas entrelinhas, que torcer por um time nacional era poder sentir a emoção de passar todos os Campeonatos Brasileiros de Futebol, do resssto da minha vida, com o coração na mão, adrenalina a mil, e uma baita alegria por torcer para um time que poderia vir a ser o Campeão dos Campeões (Ops! Não tou citando hino de torcida nenhuma aqui, viu?).
Daí, isso me levou a outros pensamentos, sobre o Advento. "Ah, o que isso tem a ver com Advento!?", pode alguém perguntar. Tudo, meu caro, torcedor, tudo. Explico isso no próximo post, porque esse ficou grande e você precisa pensar agora sobre os reais motivos de estar torcendo para o seu time, aproveitando os motes do texto.
Beijos nos corações rubro negros. Deus os abençoe! Vi.
p.s- a foto do pos é do Blog dos Bolinhos Deu até vontade de comer...
Se tu disseres que Jesus vai nascer flamenguista, eu vou te converter ao Vasco da Gama.
ResponderExcluirVAMOS TODOS CANTAR DE CORAÇÃO "A CRUZ DE MALTA É O MEU PENDÃO"...