quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Amigos desde a maternidade :-)


Penso que os amigos são companheiros de militância, literalmente. Se somos a Igreja militante, então, os amigos que temos aqui são amigos militantes. Então, quero aprosentar-vos este meu amigo de batismo, Wager Moura. 

Bom, lembro que esta é uma foto publicitária e que hoje ele já não guarda a mesma cutis, mas continua sendo meu amigo. Sabe aquela música do Cazuza que fala sobre destinos marcados na maternidade? Então, esquecendo esta questão reeencarnacionista (que não condiz com minha fé e nem eu tão pouco acredito) e a questão namorico, etc (sim, porque Wagner e eu não somos namorados) gosto de pensar em mesmo com diferenças de alguns anos, quando ainda estávamos na maternidade celestial (sim, para os que não sabem, nós somos gerados antes de sermos concebidos no ventre de nossas mães, logo, já existiamos antes neste sentido, como semente do eterno e desejo do coração do Pai) Deus quis que fossemos amigos.

Então, Wagner tem um blog e nesse ultimo post falou sobre batismo. Achei bem poético seu post, e quis escolher uma foto que expressasse a magnitude deste momento.rs. o batismo e nascimento para a família celestial. Sim, além do nascimento no coração do Pai, existe o nosso nascimento espiritual, quando somos batizados e introduzidos na família celestial. 

Como toda família, não temos apenas flores em nossa Casa (Igreja, corpo místico de Cristo), mas vivemos bons momentos, sabia?! Bom, em homenagem a nossa família cristã, posto aqui hoje as palavras de Wagner Moura, que não é o capitão Nascimento, mas sabe dedicar-se às causas humanitárias e defender os que precisam sempre que seu senso de amor cristão é acionado (o que é uma constante). Um Viva a Amizade e a Deus, nosso eterno amigo!

Viva a família de Deus, da qual fazemos parte! VIDA ETERNA aos que perseveram! Amém!!!

Maravilhoso paradoxo, por Wagner Luís Moura...


Ah, as grandes lições que aprendemos com as crianças! No vídeo acima (clique no link) está o registro do batizado de Gabriela. Não sei quem é minha conterrânea, nem conheço seus pais, mas desde que a vi na Igreja eu tive a impressão que ela iria nos cativar a todos. Peguei a câmera e aguardei o momento de seu batismo.
Gabriela resistiu! Ao ser inclinada para a pia batismal, reagiu. Viraram-na para que não visse a pia e inclinaram-na de costas… Gritou. Ela não queria. O que era aquilo? Vestido de festa e um monte de gente reunida para vê-la receber água sobre a cabeça? Impossível. Haveria algo misterioso e pior, podia doer.
Segurou-se com força no padrinho. “Não permita! Socorro! Não deixe!” E todos insistiam em continuar com o ritual. Entregaram a pequena para o pai. Não adiantou. Com todas suas forças, Gabriela negava-se ao batismo cristão. Podia doer! Podia doer muito.
“É só uma aguinha!” explicou o padre. E como poderia ser só isso? Como? Gabriela nunca havia se molhado tão arrumada. Por que seria diferente agora? O que era tudo aquilo? “Não!” Ela revidava. Queria sair dali, queria estar com seus brinquedos, com seus pais, em algum lugar seguro, longe de tudo aquilo.
Vai doer, Gabriela. Vai doer muito! Eu quis avisá-la. Mas o que poderia fazer? Era apenas um espectador no meio da família cristã. E, além do mais, não poderia interferir num ritual antropológico tão caro a esta sociedade. Eu mesmo tive que passar por isso e sabia exatamente do que se tratava. Minha culpa, minha máxima culpa! Um dia ela entenderia que para efeitos de registro etnográfico eu jamais poderia ter lhe salvado?
Conquistada, ela permitiu. Estendeu a mão… “É água!”, espantou-se. Deixou-se batizar. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Nada mais podia ser feito para anular o gesto eterno e evitar suas consequencias. Nada. Como eu e tantos outros, Gabriela foi admitida à família cristã e um dia sofrerá todas as dores contidas em cada gota de água derramada sobre sua cabeça… Para sua salvação!
Paradoxo. Maravilhoso paradoxo. Por meio dele entramos na vida cristã. Por causa dele haverá para sempre uma inquietação em nosso ser… Qualquer coisa de amar! Amar um Amor que nos separa de todos os outros. Amar de forma inconveniente aos olhos de qualquer época em que estivermos. Amar em meio ao riso insensato de quem nos diz que isso não é amor e nomeia humilhações para definir, afinal, o que há conosco.
Imaginar que tudo começou assim e que tão poucos… Tão poucos compreendiam haver algo errado em tudo aquilo. Um mistério em tudo aquilo! E podia doer, afinal. Mas, no entanto, entenderíamos que nossa felicidade não seria possível sem o extraordinário a derramar-se sobre nós.
Ah, Gabriela… Haverá ainda muito o que resistir. Seja bem-vinda!

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