segunda-feira, 4 de abril de 2011

Senhor, eu creio


Que alegria voltar a escrever justamente na 4º Semana da Quaresma, onde o Evangelho narra a história do encontro de Jesus com o Cego de Nascença. Este inclusive é o tema do capítulo 9, Evangelho de São João, leitura deste domingo.

Não tenho pretensões de escrever hermeneuticametne aqui, nem tão pouco de fazer uma aula de exegése, os que esperam isso, desculpem-me. Mas gostaria de convida-los a um olhar sobre esta leitura, trazendo-a para nosso cotidiano.

Jesus está com seus discípulos e encontrou um cego no caminho, um cego de nascença. Este homem, dada sua condição, vivia de mendigar (Jo 9, 8) e não sabia que o Senhor passava perto dele. Os discípulos de Jesus perguntam quem havia pecado para que este homem nascesse cego. Pois acreditavam que as pessoas que tinham algum mal (enfermidades assim) eram amaldiçoadas pelos pecados, por isso, Deus as punia. Porém, surpreendendo os discípulos, o Senhor responde "nem este pecou nem seus pais, mas é necessário que nele se manifestem as obras de Deus". (Jo 9, 3).

Sei que soa estranho o Senhor falar que "as obras de Deus" precisavam se manifestar em um homem cego e mendigo. A rigor, as pessoas pensam que um rico, um intelectual ou outro tipo de pessoa mais afeiçoada pela sociedade, tenha alguma relevância para contribuir para a obra do Senhor. Afinal, se pensamos em fazer algo na Igreja, algum evento, alguma atividade, são às pessoas mais abastadas financeiramente que recorremos ou àquelas que têm algum poder de influência para conseguir nos favorecer de alguma forma.

Mas, quem pensa em procurar os mendigos para ajudar em uma festa de padroeiro, por exemplo? E ainda mais, um mendigo cego? Quiçá, pensamos em ajuda-lo, em fazer alguma atividade de distribuição de donativos ou outro tipo de assistência. Mas dizer que a obra do Senhor precisa deste mendigo, que ainda por cima é cego, isso não, isso não acontece.

O mesmo aconteceu com Davi. Rapaz de estatura pequena, meigo, sem traços de homem robusto. Mas Deus o escolheu para confundir os fortes. E o ungiu, o sagrou como seu, ele foi um grande rei.

Entendam, foi a presença de Deus na vida de Davi que o fez acreditar em si. Da mesma forma que o cego, que era mendigo, teve sua dignidade resgatada. Deus vem nesta leitura mostrar que Ele é a luz capaz de curar toda a cegueira em nossa vida. E mais, é impossível, ter este encontro com Ele e não ter a vida completamente mudada, a ponto de querer ser seu discípulo. À despeito de todas as situações adversas que podem acontecer aos que o seguem (perseguições, injúrias, calúnias...)...Deus é a nossa fortaleza. Já diz o próprio Davi no Salmo 17, "Eu vos amo, Senhor, minha força".

Então, o post de hoje fala sobre a luz certa para todas as situações. Cristo é esta luz. Que brilha sobre as trevas da humanidade, que caminha trôpega, às apalpadelas, se caminha sem Ele.

E quando O encontrarem em seus caminhos, não titubeiem. Creiam apenas, e O adorem.

Com o coração prostado diante do Senhor, despeço-me com um fraterno e afetuoso abraço a todos.

É muito bom estar de volta. Bjs. Fantástica Vi.



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