sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

CIGARETTE KILLER



Lembram do filme "Um Dia de Fúria" (1993) que conta a história de um homem que chegou ao limite de sua paciência e um dia resolveu combater tudo o que achava injusto com o próprio punho? Então, hoje quero ter meu dia (pacífico) de fúria. No  lugar das armas, como a foto sugere, quero usar as palavras (pra quê arma maior e melhor? Se até o Filho do Homem antes de ser Carne foi Verbo?!) e a força e poder simbólico que elas têm para nos fazer pensar.

Hoje tentava  responder meus emails e fazer algumas atividades no computador, quando fui impossibilitada de pensar e respirar ao mesmo tempo. Um dos fumantes ativos de minha casa resolveu ter mais uma sessão de "idéia brilhante" e foi fumar na varanda. Abre parenteses: a varanda é o local mais ventilado de minha bela e antiga casa de canto na Ilha onde moro. Em outras palavras, inevitavelmente em frações de segundos o vento trouxe a fumaça assassina do cigarro para o ambiente onde me encontrava. E, tomada por um súbito de revolta (e dó de mim) dei meu grito de independencia! CHEGA! EU NÃO QUERO MAIS SER FUMANTE PASSIVA!

Eu sei que vários fumantes são "gente boa", pagam seus impostos em dia, não maltratam velhinhas e alguns nem furam a fila (eu acho, estou tentando amenizar e não tornar o assunto pessoal, mas sim de utilidade pública e pelo bem comum), mas, veja bem, uma pessoa que não consegue ter domínio próprio perto de uma erva, não é alguém que pode dizer com plena convicção que sabe o que é melhor pra si (uma vez que não possui vontade própria, portanto, é um viciado). MUITO MENOS, achar que o "melhor pra si" deve ser aturado pelos outros (que sabem o que é melhor pra eles).

Ser fumante nunca foi uma coisa boa. O fumante cheira mal, tem mau hálito, transpira nicotina, perde todos os seus dentes por conta da deteriorização das subsntâncias químicas e degenerativas do cigarro e, o que é pior disso tudo, não possui domínio de sí. E por não possuir domínio de si, em muitos casos - não é uma generalização, mas é uma maioria constatada e faltando bem pouco para ser absoluta - o fumante, por ser viciado, sequer consegue ter uma hora ou local para fumar.

Ele  beira o egocentrismo. Não se importa com crianças ao lado, velhinhas, pessoas doentes, e principalmente - e veja, isso é muito grave! - com quem não quer fumar e não deseja nunca esse mal pra si.

O fumante consegue chegar ao absurdo de pensar em coisas fisicamente impossíveis. Como achar que a fumaça não se espalhará pela casa inteira, caso ele fume na varanda (ventilada) da casa; ou na janela mais  da casa ou das repartições públicas; acha que se fumar do lado de fora das repartições, quando entrar, a fumaça do cigarro não estará saindo de seus póros e impregnando todo o ambiente com nicotina. Aff! Não, vou parar por aqui, pois hoje estou chateada!

Olha, nem vou puxar aquele assunto de estatísticas, de quanto o cigarro mata, do quanto ele faz mal ou sobre o cigarro causar câncer no pulmão, boca, garganta e pele ( e em outros lugares também). Pois acho que informação é o que não falta hoje sobre isso.

 Nã! Não quero mais saber dessa conversa fiada. Quero agora é saber de meus direitos! Fumante não diz que quer fazer da vida dele o que quiser?! Que ninguém tem nada a ver com isso? Já dizia a música interpretada por Zeca Pagodinho "Se eu quiser fumar eu fumo, se eu quiser beber eu bebo. Pago tudo  o que eu consumo com o suor do meu emprego". Não, pra cima de mim não, violão! O suor do emprego de ninguém paga a vida de alguém de volta, uma vez roubada pelo cigarro.

E já que não posso fazê-los (os fumantes convictos e incorrigíveis)  parar de fumar, exijo, EXIJO, que respeitem minha opção do contrário. E já que dizem que a história do cigarro começou aqui no Brasill, com nosso antigos Tupinambás, pois, que comece também a reviravolta e se espalhe a "boa fumaça" dos que lutam pelo ar puro e sem nicotinizada do velho cigarrinho de guerra. Que aliás, de fato foi popularizado em virtude das tropas americanas na guerra, que recebiam o fumo para compensarem com a droga o que a vida não podia lhes dar no momento: a paz (como se fosse possível).

Então, quero convocar a todos os fumantes passivos leitores ou curiosos deste blog, que empenhem-se ao máximo para não permitir mais o ato violento, verdadeira tortura e atentado contra a vida, de que fumantes ativos fumem em ambientes coletivos. Chega de desrespeito! Logo, aos que moram no Maranhão, segue número de denúncia contra os fumantes que desrespeitarem essa regra (98) 3275-4278.

Desde agosto do ano passado, a lei antifumo do MA, Lei nº 9.010/09,  foi sancionada pela assembléia legislativa, e garante ao fumante passivo o direito de não conviver mais com a fumaça em ambientes de uso coletivo.

Bom, finalizando por aqui! E, parafraseando Zeca Pagodinho, termino este post cantando feliz: "Se eu não quiser fumar, não fumo!". Tenho dito!

Deus nos abençoe e conceda a todos os dependentes da nicotina a graça da libertação deste vício e que tenham paz. Amém.





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